Geleiras do fim do mundo vai trazer consequências catastróficas

 


A geleira Thwaites, localizada na Antártida, é alvo de constante monitoramento por cientistas de várias partes do mundo, e estes recentemente publicaram um estudo que indica que o colapso de parte dessa estrutura gigantesca pode acontecer mais rápido do que se esperava. Caso ocorra o degelo completo dessa geleira, o nível dos oceanos poderia subir entre 0,9 e 3 metros, o que pode ser uma ameaça para cerca de 40% da população humana que vive em regiões costeiras ou próximas do mar, segundo a ONU.


Para projetar o futuro da geleira Thwaites, os cientistas analisaram seu passado. A situação é preocupante, pois a geleira tem um tamanho quase equivalente ao do Estado do Paraná ou do Reino Unido. Ainda há muitas incertezas, mas a pesquisa mostra que o colapso pode vir antes do esperado, o que exige medidas urgentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e frear o aquecimento global.

Um mergulho profundo

Um artigo publicado na revista Nature Geoscience descreve o trabalho de investigação feito por especialistas dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suécia sobre a geleira Thwaites, localizada na Antártida. Eles usaram um robô motorizado laranja chamado Rán para analisar o assoalho do mar próximo à geleira e as formações geológicas encontradas ali.


Durante uma expedição realizada em 2019, o Rán ficou 20 horas coletando imagens e dados do solo oceânico que fica na frente da Thwaites.

O veículo autônomo vasculhou uma área equivalente à cidade de Houston, nos Estados Unidos, a 700 metros de profundidade, o que permitiu que os cientistas obtivessem pistas sobre o passado da geleira, incluindo os momentos em que ela passou por recuos e derretimentos significativos.

A oceanógrafa física Anna Wåhlin, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, descreveu o estudo como pioneiro e importante para entender os processos que acontecem na junção entre a geleira e o fundo do oceano. As imagens coletadas pelo Rán dão informações vitais sobre a situação da geleira, que é alvo de constante monitoramento por cientistas de diversas partes do mundo.



Conclusão

O estudo analisou a região da Thwaites, uma grande geleira na Antártida conhecida como "geleira do fim do mundo" e descobriu que a parte frontal da geleira recuou a uma taxa de 2,1 km por ano em um curto período nos últimos 200 anos. Essa taxa de recuo é o dobro da taxa documentada entre 2011 e 2019.

A pesquisa foi feita por especialistas dos EUA, Reino Unido e Suécia e utilizou um robô motorizado chamado Rán para vasculhar uma área equivalente à cidade de Houston, nos Estados Unidos, a 700 metros de profundidade.

Os cientistas descobriram 160 cumes paralelos que indicam os antigos recuos da geleira. Os resultados são uma espécie de "bola de cristal" para entender o que pode acontecer num futuro próximo, já que revelam o que aconteceu no passado. Os cientistas alertam que a perda total da Thwaites e das geleiras próximas poderia representar um aumento de 0,9 a 3 metros no nível do mar, o que pode afetar as cidades costeiras. Consequências

A perda de gelo pode perturbar os padrões de circulação oceânica, o que pode afetar o clima em outras partes do mundo.

A Antártica também é um importante regulador do clima global, pois atua como um grande sumidouro de carbono. Com a perda de gelo, a capacidade da Antártica de absorver e armazenar carbono pode ser reduzida, o que pode levar a um aumento adicional das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.

Por fim, a perda de geleiras na Antártica pode ter impactos significativos na biodiversidade local e global, bem como em ecossistemas marinhos, incluindo espécies de peixes, aves marinhas e mamíferos que dependem das geleiras para sobreviver.

Eventos extremos mais frequentes É esperado que eventos extremos se tornem mais frequentes em muitas partes do mundo. Derretimento acelerado de geleiras e do gelo polar pode levar a inundações costeiras mais frequentes e intensas, o que pode ameaçar a infraestrutura costeira e as comunidades.

Mudanças climáticas também podem levar a um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações e tempestades, que podem ter impactos significativos na agricultura, na saúde humana, na segurança alimentar, na biodiversidade e na economia. A extensão exata desses impactos e a forma como eles se manifestarão dependerão das trajetórias futuras das emissões de gases de efeito estufa e das políticas adotadas para enfrentar as mudanças climáticas.
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